8 Soluções Eficazes para a Ejaculação Precoce: Abordagens Técnicas e Medicamentosas
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Escrito por:
The Men's
Tempo de leitura:
13 minutos
Criado em:
09/02/2023
Última atualização:
30/03/2023
8 Soluções Eficazes para a Ejaculação Precoce: Abordagens Técnicas e Medicamentosas
Ejaculação precoce é a incapacidade de controlar ou de atrasar a ejaculação, seja antes ou após penetração, e é considerada uma disfunção sexual, ou seja, dificuldade em ter relações sexuais.
Transtornos que afetam libido, a capacidade de alcançar ou manter uma ereção ou incapacidade de atingir o orgasmo também são considerados disfunções sexuais.
Ejacular rapidamente ou antes do desejado é uma condição que traz muito desconforto, frustração e estresse para o paciente. É muito comum na adolescência, por diversos fatores.
O medo de ser surpreendido por alguém durante o ato sexual, falta de experiência e preocupação excessiva com o desempenho sexual podem aumentar a ansiedade do jovem, fazendo com que a ejaculação ocorra rapidamente.
Sendo assim, a tendência é que esses problemas desapareçam com o passar do tempo.
A ejaculação precoce tem as seguintes características:
- Na ejaculação precoce primária (ou ao longo da vida), a ejaculação ocorre sempre – ou quase sempre – desde o início da vida sexual do homem. Pode ser ejaculação antes ou em aproximadamente um minuto após a penetração vaginal;
- Na ejaculação secundária (ou adquirida), há a redução no tempo de latência após a penetração – normalmente cerca de 3 minutos ou menos. Neste caso, normalmente a ejaculação precoce aparece anos após o início da vida sexual;
- Não conseguir retardar a ejaculação em todas ou na maioria das relações sexuais com penetrações vaginais;
- Angústia, incômodo, frustração e/ou evitação da intimidade sexual.
Fatos rápidos sobre a ejaculação precoce
- É a causa mais comum de disfunção sexual masculina, principalmente entre os jovens;
- Pode ser adquirida ou ao longo da vida;
- O tratamento envolve, de preferência, o homem e sua (seu) parceira (o) sexual;
- O manejo pode ser feito por uma combinação de tratamentos psicológicos e farmacológicos;
- Estima-se que 5% dos homens têm ejaculação precoce primária, enquanto 20% a 30% dos homens têm a secundária.
A Sociedade Internacional de Medicina Sexual criou uma classificação da ejaculação a partir de uma contagem objetiva e quantificável, chamado de denominado tempo de latência ejaculatória intravaginal – de sigla IELT, do inglês Intravaginal Ejaculation Latency Time – ou seja, é o tempo desde a penetração vaginal até a ejaculação. A média mundial de latência, do homem, varia entre 3 e 6 minutos.
IELT menor do que 1 minuto significa ejaculação precoce primária, enquanto IELT menor do que 3 minutos significa a condição adquirida. A ejaculação precoce também pode ter subtipos, de acordo com a subjetividade de cada indivíduo que se sente insatisfeito.
Entretanto, é importante ressaltar que, apesar da criação do IELT, ele não é definitivo para determinar a ejaculação precoce.
Com o passar dos anos, os médicos e a Sociedade Internacional de Medicina Sexual colocam maior importância no incômodo que o paciente relata durante as relações sexuais do que no tempo de latência entre a penetração e a ejaculação.
Como funciona a ejaculação?
Existem dois estágios na ejaculação: emissão e a ejeção.
Na emissão, as vesículas seminais e a próstata se contraem pela ação de nervos simpáticos e a bexiga se “fecha”. Assim o sêmen vai para a uretra, o mesmo canal da urina.
Na ejeção, os nervos somáticos causam a contração dos músculos do assoalho pélvico e bulbocavernoso, seguida do relaxamento do esfíncter urinário externo. O sêmen é projetado para fora do pênis até o meio exterior.
Após esta fase, pode ocorrer o orgasmo – um prazer intenso – devido às reações físicas e neurofisiológicas. Mas é possível ejacular sem orgasmos e vice e versa.
Outras disfunções sexuais
Disfunção erétil
Também conhecida como impotência sexual, consiste na incapacidade permanente de obter e manter ereções adequadas para a penetração. Em 70% dos casos é causada por problemas emocionais.
O restante dos casos pode ser causado por doenças, como hipertensão, colesterol elevado, diabetes, dependência química, efeitos colaterais de medicamentos, traumas e tabus sexuais.
Estima-se que 30% dos homens brasileiros têm disfunção erétil. Leia mais sobre disfunção erétil nesse post.
Disfunção orgásmica
Significa falta de orgasmo nas relações sexuais. Também pode ser conhecida como anorgasmia ou anejaculação. A principal causa é psicológica e pode ser devido a uma situação específica ou independentemente das circunstâncias.
Ejaculação Retardada
Neste caso, o homem demora bastante para ejacular durante a relação sexual, mesmo com desejo sexual e ereção. Assim como nas outras disfunções sexuais, tem causas psicológicas e físicas, como obstrução dos canais pelos quais o esperma passa, diabetes ou alterações hormonais.
Ejaculação retrógrada
Ejaculação retrógrada: é um quadro clínico em que o esperma é projetado para a bexiga, ao invés de ser liberado para o exterior através do pênis.
Neste caso, o que acontece é que a bexiga não se fecha na fase da ejeção, fazendo com que o esperma percorra o caminho retrógrado, ou seja, vai para a bexiga.
Na ejaculação retrógrada, o homem pode ejacular pouco ou nenhum sêmen para o exterior. A cirurgia de próstata pela hiperplasia benigna da próstata é uma das causas mais comuns.
Diabetes, lesões na medula espinhal ou alguns medicamentos e algumas operações cirúrgicas – cirurgia abdominal ou pélvica de grande porte – podem também causar ejaculação retrógrada.
Causas da ejaculação precoce
Normalmente fatores psicológicos, como culpa, falta de confiança e problemas no relacionamento têm influência na ejaculação precoce, sendo a ansiedade a mais comum dessas influências.
Porém, alguns pesquisadores acreditam que fatores genéticos e neurofisiológicos também podem contribuir para essa condição, principalmente para a primária.
Alguns indivíduos podem ter predisposição para o comprometimento das vias que controlam a ejaculação – chamadas de vias serotoninérgicas inibitórias.
Alterações em receptores e transportadores de Serotonina também pode ser um fator neurológico associado ao problema, uma vez que esse neurotransmissor está associado ao orgasmo e ejaculação.
Hipertireoidismo e prostatite também podem estar associadas à ejaculação precoce. Alguns estudos mostraram que 50% dos homens com ejaculação precoce secundária tinham aumento exagerado da produção de hormônio pela tireoide. E até 77% dos homens com ejaculação precoce secundária podem apresentar inflamação dos tecidos da próstata.
Há também outras causas, embora menos comuns. Alguns medicamentos – como anti-histamínicos e congestionantes – desequilíbrios hormonais, disfunção erétil, inflamações na próstata e diabetes também podem causar ejaculação precoce.
Ejaculação precoce e disfunção erétil têm relação?
Frequentemente, a ejaculação precoce começa com ansiedade exacerbada do homem. O problema é que quanto mais ejacula antes do desejado, mais ansioso ele fica, produzindo mais adrenalina e gozando excessivamente rápido.
Consequentemente, cria um ciclo vicioso. Nesse contexto, alguns homens podem acabar desenvolvendo disfunção erétil.
O contrário também pode acontecer. Homens com idade mais avançada com disfunção erétil podem ter ejaculação precoce com o tempo. O que acontece é que nos momentos em que o homem com disfunção erétil consegue alcançar a ereção e inicia a relação sexual, a ansiedade em manter a ereção pode acarretar numa ejaculação muito rápida.
Homens com disfunção erétil podem ter de 4 a 12 vezes mais chances de ter ejaculação precoce.
Avaliação da ejaculação precoce: como é feito o diagnóstico?
Não há um exame específico para confirmar ou excluir a ejaculação precoce, sendo que normalmente os homens vão ao urologista relatando dificuldade em satisfazer a parceira.
É sempre importante procurar um médico, caso tenha dúvidas, ou para seguir com o tratamento mais adequado. Ao ter uma consulta, o paciente que apresenta queixas de ejaculação precoce precisa passar por uma avaliação. O urologista deve colher a história médica, psicossocial e sexual, juntamente com a história médica da parceira sexual, se disponível.
Também é importante fazer a avaliação do controle ejaculatório, tentativas anteriores de contornar o problema e o impacto que a condição tem nas relações do paciente.
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Principais etapas para avaliação da ejaculação precoce:
- Recolha da história médica e sexual geral do paciente;
- Classificação da ejaculação precoce – se é uma condição ao longo da vida ou adquirida, se acontece antes ou durante a relação sexual e a frequência com que ocorre (por exemplo, em algumas situações ou contextos);
- Conversar com o parceiro para analisar o impacto da ejaculação precoce no casal;
- Identificar comorbidades sexuais, como disfunção erétil, para definir se ejaculação precoce ocorre na ausência de outras disfunções sexuais – chamada de simples – ou na presença de outras disfunções sexuais – chamada de complicada;
- Exame físico para verificar os órgãos sexuais e os reflexos do homem;
- Identificar causas subjacentes e fatores de risco, como distúrbios endócrinos, urológicos ou psicossociais;
- Discutir o tratamento mais adequado, conforme as necessidades do homem e da parceira.
Para ser considerado o diagnóstico de ejaculação precoce, o paciente precisa ter: curto tempo de latência ejaculatória, falta de controle da ejaculação e impacto negativo na vida sexual.
Tratamentos da ejaculação precoce
Na hora de definir o melhor tratamento, o clínico precisa levar em consideração algumas questões como: gravidade dos sintomas, se estes são reversíveis, o status psicológico e social do paciente, efeitos colaterais e preferências do paciente.
Normalmente, o melhor plano a seguir para gerir a condição deve ser feito em conjunto com o parceiro sexual regular e pode envolver medidas farmacológicas, psicológicas e comportamentais.
O acompanhamento do paciente com ejaculação precoce é essencial para o tratamento, pois permite que o médico faça avaliações periódicas e adicionais, otimizando o tratamento e analisando as principais características do transtorno.
Independente do método, é importante o homem não ter vergonha e ser sincero em falar sobre suas dificuldades com o médico e com a parceira.
Abaixo, veja as 8 soluções eficazes para ejaculação precoce.
- Terapia psicológica
A terapia pode ser muito útil nos casos em que fatores psicossociais são a base da ejaculação precoce, como, por exemplo, a ansiedade.
O objetivo desse tratamento é encontrar a causa raiz que leva o paciente a ter esse distúrbio e trabalhar para que esta não atrapalhe mais sua vida sexual.
Por meio da terapia, é possível controlar o estresse e desconforto do paciente, ajudando a diminuir seu sofrimento. Esse tratamento pode ser aplicado sozinho ou em conjunto com as terapias farmacológicas, que serão explicadas posteriormente.
Idealmente, o parceiro sexual também deve participar das sessões de psicoterapia. Nesses casos, podem ser tratados eventuais problemas no relacionamento, onde é feito um trabalho para a construção de uma relação mais próxima.
Algumas possíveis restrições da psicoterapia envolvem: altos custos, tempo e necessidade de adesão dos parceiros sexuais. Assim, pode ser menos indicada pelos clínicos.
Dica extra: Técnicas que podem ser muito úteis para gerir a ejaculação precoce e que mostram-se como alternativas mais em conta:
- Masturbação
Alguns pesquisadores acreditam que a masturbação antes do ato sexual pode aumentar o intervalo de tempo desde a penetração vaginal até a ejaculação. Recomenda-se de 1 a 2 horas antes do ato em si.
- Técnica “para-começa”
Estímulo do pênis até quase ao ponto da ejaculação, e interrupção até que a excitação elevada desapareça. Esse exercício deve ser repetido 3 vezes, tendo a ejaculação na quarta vez. Recomenda-se fazer a prática 3 vezes por semana, até que o homem consiga ganhar mais controle.
- Técnica de “aperto”
Estímulo do pênis para a elevação da excitação até próximo à ejaculação, seguida de aperto da glande – podem diminuir as respostas sensoriais do pênis, interrompendo a excitação muito elevada e, assim, retardar a ejaculação.
Pode ser feito pela própria pessoa ou seu (sua) parceiro (a). O objetivo é conhecer melhor as sensações que levam ao clímax e assim, auxiliar o homem a ter um melhor controle e capacidade de controlar a chegada dele.
- Usar camisinhas mais espessas para diminuir a sensibilidade do contato na penetração
- Anestésicos tópicos
Aerossóis ou cremes anestésicos, à base de lidocaína ou de ervas, são frequentemente indicados por médicos e mostram-se muito eficientes, pois podem aumentar o intervalo de tempo da ejaculação desde a penetração e a satisfação sexual.
Esses fármacos devem ser aplicados na glande do pênis bem antes da relação sexual e sempre junto à camisinha, para assim evitar dormência no parceiro.
- Antidepressivos serotoninérgicos
Os antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) aumentam os níveis de serotonina, que inibe a ejaculação.
Também pode diminuir a ansiedade do paciente. A eficácia desses fármacos é relatada pela comunidade científica.
A dose prescrita de ISRS para ejaculação precoce é menor do que a usada para depressão. Porém, os efeitos colaterais são semelhantes, sendo os mais comuns: fadiga, náusea, diarreia, boca seca e diminuição da libido.
A dapoxetina é um ISRS comumente prescrito para tratar ejaculação precoce, uma vez que pode ser tomada conforme “demanda” apenas algumas horas antes da relação sexual.
- Acupuntura
Alguns médicos são favoráveis ao uso de acupuntura para o tratamento da ejaculação precoce. Porém, não é um consenso na comunidade médica, uma vez que não há muitas evidências científicas da sua real eficácia.
Assim, concluímos que:
A ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina, ou seja, o homem tem dificuldade na relação sexual. Neste caso, a ejaculação ocorre muito rápido ou antes do desejado. É uma condição muito comum – estima-se que um em cada três homens tem ejaculação precoce no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
A principal causa é a ansiedade exacerbada durante a atividade sexual. Porém, algumas doenças, como hipertireoidismo e prostatite, podem aumentar o tempo de latência entre a penetração e ejaculação. Também é comum que homens com mais idade e com disfunção erétil apresentem ejaculação precoce.
O homem deve sempre procurar um urologista para fazer uma avaliação e diagnóstico. Normalmente, o tratamento é em conjunto com o parceiro sexual regular e pode ser multidisciplinar, incluindo psicoterapia e medicamentos, como anestésicos tópicos e antidepressivos serotoninérgicos.
O médico deve sempre levar em consideração a gravidade dos sintomas relatados pelo paciente, assim como suas preferências.
FAQ
Observar o estado psicológico pode ajudar a evitar a ejaculação precoce. Baixa ansiedade, baixo estresse e relaxar ao máximo costumam ser aliados.
Não. Independente da causa, seja psicológica ou física, nenhum alimento ou ingrediente natural irá tratar a ejaculação precoce devido aos mecanismos psicológicos e fisiológicos da ejaculação.
O principal sinal de ejaculação precoce é não conseguir retardar a ejaculação em todas ou quase todas as relações sexuais, desde o início da vida sexual ou nas últimas relações que teve.
The Men’s é a primeira marca masculina de saúde personalizada do Brasil. Nascemos para que todas as pessoas do sexo biológico masculino encontrem soluções para suas questões e inseguranças.
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