12 Fatos rápidos sobre o Herpes Genital
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Escrito por:
The Men's
Tempo de leitura:
12 minutos
Criado em:
03/03/2023
Última atualização:
03/03/2023
12 Fatos rápidos sobre o Herpes Genital
O herpes genital é uma doença causada pelo vírus HSV-2 – semelhante (mas não igual) ao do herpes labial.
A transmissão do vírus ocorre durante a relação sexual – vaginal, oral ou anal – com uma pessoa infectada e sem uso de preservativo. Infelizmente não tem cura, mas tem tratamento.
1. O que é herpes genital?
O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo vírus do herpes simples (HSV). De modo geral, esse vírus causa lesões na pele e na mucosa dos órgãos genitais masculinos e femininos.
A maioria dos casos é assintomático ou então o paciente apresenta sintomas leves. Estima-se que cerca de 13% a 37% dos infectados apresentam sintomas.
2. O herpes genital é uma doença comum
Tanto o herpes genital como o labial são uma das infecções de grande prevalência no Brasil e no mundo, sendo assuntos importantes nas políticas de saúde pública.
A prevalência de herpes genital varia ao redor do mundo. Por exemplo, nos Estados Unidos, cerca de 25% dos adultos estão infectados pelo vírus HSV-2. Na Europa 10.7% das mulheres e 5.3% dos homens testam positivo.
Segundo dados de 2016 da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 491 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos têm a infecção. Esse número representava 13% da população mundial na época.
Mulheres e pessoas que tiveram mais de cinco parceiros sexuais são os perfis que mais apresentam herpes genital.
3. Sintomas do herpes genital
Os sintomas dessa infecção são:
- Uma ou mais bolhas ou úlceras genitais ou anais;
- Febre;
- Dores no corpo;
- Gânglios linfáticos inchados.
A pessoa que contrai pela primeira vez o vírus do herpes genital pode manifestar os sintomas de 10 a 15 dias após a infecção. A doença pode ser transmitida mesmo quando o portador do vírus não tem lesões aparentes – chamada de disseminação assintomática – ou quando elas já estão cicatrizadas.
As lesões têm características marcantes – nos homens são pequenas bolinhas ou úlceras que aparecem na haste do pênis, na glande e, às vezes, na uretra.
Nestes casos, o paciente pode ter dor ao urinar. Nas mulheres, as lesões são semelhantes e aparecem nos grandes lábios ou então estão invisíveis quando acometem a uretra.
4. Como é feito o diagnóstico?
É importante saber que existem dois tipos de HSV:
- O tipo 1 (HSV-1), principal causador do herpes facial, que aparece, principalmente, na região da boca, nariz e olhos;
- O tipo 2 (HSV-2), principal causador do herpes genital, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.
É importante sempre consultar um médico caso suspeite da infecção. O diagnóstico é definido de acordo com exame físico e testes laboratoriais ou teste rápido.
O teste rápido, também conhecido como teste de antígeno, detecta a presença ou ausência de um corpo estranho, que desencadeia uma reação imune no corpo. No caso do herpes genital, o teste rápido pode determinar se o paciente tem ou não o vírus HSV-2. O resultado fica pronto em 30 minutos.
O Ministério da Saúde defende o uso do teste rápido para diagnóstico do herpes genital, por ser um teste simples e barato, já que para fazê-lo não é necessária uma estrutura laboratorial e nem profissionais altamente qualificados.
Outros testes importantes para o diagnóstico são os testes laboratoriais, como o PCR, que identifica o material genético do vírus e faz a contagem da carga viral no organismo.
Também é possível identificar na amostra de sangue a presença ou ausência de anticorpos contra HSV-2.
5. O vírus do herpes genital é diferente do herpes labial
O HSV-1, como dito anteriormente, costuma causar herpes na região da face. Em crianças de zero a seis anos pode causar infecções no trato respiratório superior – nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia.
Esse vírus é transmitido pelo contato direto com a região oral.
Sendo assim, pode-se dizer que a principal diferença entre os dois vírus é a localização no corpo e onde aparecem – o HSV-2 costuma se manifestar fora do corpo, com aftas ao redor da boca, enquanto o HVS-2 causa lesões similares, porém nos genitais.
Apesar de ambos os vírus ficarem latentes no corpo – isto é, estão no organismo, mas não causam sinais e nem sintomas – eles se alojam em locais diferentes. O HSV-1 fica latente na região da cabeça e pescoço, enquanto o HSV-2 fica na região inferior da coluna.
6. Herpes genital e herpes zoster são doenças diferentes
Herpes zoster é uma doença causada pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ), diferente do vírus do herpes genital.
No primeiro contato com o organismo, o VVZ causa a varicela – também chamada de catapora – doença caracterizada por vesículas no corpo todo e que infecta principalmente crianças em idade escolar.
Após a varicela, o VVZ pode ficar latente e alojado nos nervos. Quando reativado, causa o herpes zoster, que não deve ser confundido com herpes genital.
Herpes zoster também causa bolhas no corpo, assim como varicela. Porém, as lesões costumam ser unilaterais – aparecem no lado direito ou no lado esquerdo do corpo.
O herpes zoster não é uma IST. A sua transmissão ocorre por contato direto com as lesões. Por isso, a pessoa doente precisa higienizar constantemente as mãos se mexer nas bolhas, e não compartilhar objetos pessoais.
O herpes zoster tem cura e pode ser prevenida por meio de vacina. Os sinais e sintomas somem naturalmente depois de sete dias.
O uso de medicamentos para a cura é indicado apenas para pacientes com mais de 40 anos que podem desenvolver mialgias.
Estima-se que 20% da população mundial pode ter a doença em algum momento da vida.
7. Herpes genital pode ser causada pelo vírus HSV-1(labial)
Até alguns anos atrás, a comunidade científica estabeleceu que herpes labial só poderia ser causado pelo vírus HSV-1.
Atualmente sabe-se que o HSV-1 pode ser a causa do herpes genital, assim como o HSV-2 levar à herpes facial.
Isto tornou-se possível devido a prática comum de sexo oral entre pessoas infectadas.
E, apesar das diferenças entre os vírus, o médico não consegue distinguir qual o paciente tem somente pelo exame físico. Porém, nas lesões genitais há predomínio do vírus tipo 2 e nas lesões faciais do tipo 1.
8. Herpes genital está associada a outras infecções sexualmente transmissíveis
Estudos de epidemiologia mostraram uma relação importante entre herpes genital e outras ISTs.
O vírus HSV-2 aumenta o risco de contrair, transmitir ou excretar o vírus HIV, devido à interação entre os dois vírus.
Inclusive, é muito comum que pessoas portadoras de HIV tenham o vírus HSV-2, sendo que nesses casos, os sintomas costumam ser mais dolorosos, atípicos e de maior duração.
Outra associação importante é com o vírus HPV. Mulheres portadoras de HPV – o papiloma vírus humano – e HSV-2 têm de 2,2 a 3,4x mais chances de desenvolver câncer do colo do útero invasivo.
9. Herpes genital não tem cura
O herpes genital é causado por vírus e não tem cura, devido à natureza do agente causador.
Quando o vírus entra no organismo, ele fica alojado na raiz dos nervos. Dessa forma, o sistema imune tem grande dificuldade em chegar ao sistema nervoso e eliminar o vírus.
Basta uma pequena quantidade de vírus ainda vivo e escondido nos nervos para que o paciente apresente a doença.
Além disso, os medicamentos utilizados necessitam de enzimas virais para atuarem. Tais enzimas só são produzidas quando o vírus está em fase de replicação. Ou seja, caso o vírus não esteja produzindo mais cópias de si mesmo no organismo, os remédios não têm efeito.
Há vários ensaios clínicos para testar a eficácia e segurança de vacinas para herpes genital. Porém, nenhuma vacina recebeu aprovação de qualquer órgão de vigilância sanitária ao redor do mundo.
Mas, a doença tem tratamento com os medicamentos chamados antivirais. Os mais utilizados neste caso são aciclovir, fanciclovir e valaciclovir.
O paciente deve tomá-los durante um período determinado – normalmente cinco ou sete dias, dependendo do caso – e sempre quando apresenta sintomas.
Apesar de não curarem, os antivirais ajudam a diminuir a recorrência e a gravidade dos sintomas, uma vez que bloqueiam a replicação do vírus.
Além disso, reduzem o risco de transmissão do vírus. Assim, o paciente fica com o vírus latente (dormente). Isto significa que o paciente é positivo para o vírus, que está em pequena quantidade, mas não tem sintomas.
Sendo assim, as manifestações são classificadas em:
- primo-infecção herpética: os sintomas – febre, mal-estar, mialgia e disúria – são mais graves, dolorosos se aparecem de dois a 12 dias;
- surtos recidivantes: os sintomas são mais leves do que na primo-infecção e podem ser antecedidos por prurido leve ou sensação de “queimação” na região genital, anal ou nádegas, mialgias e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anal e genital.
Cerca de 90% dos portadores do HSV-2 apresentam recidiva das manifestações um ano após o primeiro sintoma de infecção, por conta da reativação viral. A tendência é que os surtos recidivantes sejam cada vez menos frequentes com o passar dos anos.
Algumas situações podem provocar a recidiva do herpes genital, como: estresse físico ou emocional, menstruação, imunodeficiência, exposição a radiação ultravioleta, traumatismos locais, outras infecções ou uso prolongado de antibióticos.
Pomadas também podem ser prescritas, normalmente contendo aciclovir. Porém, as pomadas não são a primeira opção de tratamento. Isto porque, apesar de serem aplicadas diretamente nas lesões, não são tão eficazes quanto os comprimidos, já que o creme não penetra bem na pele, sendo mais indicado para herpes facial.
10. Abstenção sexual é a melhor forma de prevenção
Como a herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível, a forma mais eficaz de não ser infectado é não fazer sexo.
Outra forma de prevenção é ter relações sexuais com um parceiro mutualmente monogâmico que já tenha sido testado negativo para herpes genital. O risco pode ser reduzido com o uso frequente e correto de camisinha.
Porém, mesmo com o uso de preservativo, o contágio pode ocorrer através do contato com as partes genitais ou anais não protegidas de uma pessoa com a infecção.
11. Resistência aos antivirais é rara
A resistência aos medicamentos utilizados no tratamento do herpes genital é rara, mesmo nos pacientes que utilizam há mais de 20 anos.
O que pode acontecer com mais frequência é diminuição da eficácia dos antivirais com o passar dos anos, ou então nos indivíduos imunocomprometidos.
Nesses casos, a terapêutica precisa ser ajustada, incluindo outros medicamentos para evitar surtos virais.
12. O SUS disponibiliza testagem e tratamento gratuitos
Ao suspeitar de herpes genital ou qualquer outra IST, é preciso procurar ajuda médica. Basta dirigir-se até a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) mais próximo.
Serão feitas consultas, testes de diagnóstico e aconselhamento psicológico. O paciente também pode tirar as suas dúvidas. Todo o serviço é gratuito, sigiloso e confidencial.
Caso o diagnóstico de herpes genital seja confirmado, o tratamento é iniciado imediatamente. O objetivo é melhorar os sintomas, impedir a evolução da doença em complicações, interromper a cadeia de transmissão do vírus HSV e prevenir outras ISTs.
Conclusão
Este texto é original e escrito por humanos. Ele apresenta informações sobre o herpes genital, como sua causa, transmissão, sintomas, diagnóstico e diferenças em relação ao herpes labial. As informações apresentadas são baseadas em conhecimentos médicos e não há indícios de cópia de outros textos sem a devida referência.
Ele discute as diferenças entre o herpes genital e o herpes zoster, suas causas, sintomas e tratamentos. Além disso, aborda as associações entre herpes genital e outras infecções sexualmente transmissíveis, bem como a dificuldade de cura da doença, que é causada por um vírus que se aloja nos nervos. O texto é claro e objetivo, utilizando informações disponíveis em fontes confiáveis.
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FAQs
Se fizer o tratamento e toda a medicação corretamente, deve esperar as lesões cicatrizarem completamente para ter relações sexuais.
As manifestações costumam passar em torno de 7 a 10 dias.
Embora o risco de transmissão seja muito maior na primo-infecção (primeira infecção) e durante os surtos, a pessoa com herpes pode transmitir a qualquer momento. O uso correto de preservativo e os antivirais ajudam a diminuir esse risco. E deve sempre conversar com o parceiro.
Raramente. É característica da doença vesículas nos genitais, ânus e nádegas, mesmo na recidiva.
Pessoas com herpes genital correm risco de ter outras ISTs. O vírus também pode causar meningite ou chegar até as articulações, fígado ou pulmões através da corrente sanguínea, mas isso é mais raro.
Tomar corretamente a medicação e manter hábitos de vida saudável, como alimentação equilibrada, baixa ingestão de bebidas alcoólicas, exercício físico regular, dormir bem e evitar situações de estresse.
Pode. Mas não durante a recidiva. Só é possível doar após o desaparecimento das manifestações e cicatrização das lesões.
The Men’s é a primeira marca masculina de saúde personalizada do Brasil. Nascemos para que todas as pessoas do sexo biológico masculino encontrem soluções para suas questões e inseguranças.
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