Conheça os potenciais riscos associados ao uso do Viagra
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Escrito por:
The Men's
Tempo de leitura:
10 minutos
Criado em:
31/03/2023
Última atualização:
31/03/2023
Conheça os 6 potenciais riscos associados ao uso do Viagra
Viagra, também chamado de “azulzinho”, é um dos medicamentos mais populares entre os homens quando o assunto é Disfunção Erétil (DE).
Em se tratando de sua história, este fármaco surgiu em meados de 1989 por cientistas da empresa farmacêutica norte-americana Pfizer que buscavam um tratamento para hipertensão e angina.
Após alguns estudos, descobriram que o fármaco não obteve um resultado significativo nos propósitos originais, mas que o Citrato de Sildenafila, princípio ativo do Viagra, possuía a capacidade de melhorar as ereções de homens com níveis de DE variados.
Após diversos testes com 3.700 pacientes escolhidos pelo mundo todo e de forma aleatória, obteve comprovação de sua eficácia e o medicamento foi patenteado no ano de 1996. Já em março de 1998, foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) como a primeira pílula para o tratamento de disfunção erétil nos EUA, tendo como nome comercial, Viagra.
Aqui no Brasil, passou a ser comercializado já no ano de 1998. Em 2010, teve a patente quebrada, permitindo que medicamentos genéricos entrassem no mercado. Até 2016, ou seja, em 18 anos desde o seu lançamento, cerca de 128 milhões de comprimidos do medicamento foram vendidos no país.
Como vimos, este fármaco vem sendo estudado desde antes dos anos 90, e é amplamente utilizado. Logo, podemos considerar que o Viagra é um remédio confiável, pois foi estudado e obteve vários resultados positivos no tratamento da DE, quando administrado na dose adequada.
Existem, entretanto, alguns riscos associados a esse medicamento quando não utilizado de forma correta ou sem orientações médicas.
Leia a seguir sobre os potenciais riscos que o Viagra pode trazer a quem o utiliza de maneira equivocada ou sem o conhecimento necessário.
1. Interação medicamentosa do Viagra com outros fármacos
Existem alguns medicamentos, como os à base de nitratos, por exemplo, que quando usados simultaneamente com o Viagra, têm uma interação medicamentosa negativa, podendo provocar uma grande queda na pressão arterial (hipotensão) em quem os utiliza.
Além dos medicamentos à base de nitratos, que geralmente são prescritos para o tratamento de angina, o Viagra também pode interagir com:
- Inibidores de protease, que são usados no tratamento de infecções virais, como o HIV ou Hepatite C, podendo aumentar o risco dos efeitos colaterais,
- Bloqueadores alfa, usados para tratar hiperplasia benigna ou pressão arterial, podendo aumentar o risco de hipotensão,
- Outros medicamentos, como alguns antibióticos, antifúngicos, antidepressivos ou que tratam úlceras estomacais, leucemia ou anemia falciforme.
Portanto, é muito importante fazer uma avaliação médica com um urologista para que seja feita uma análise adequada das condições de cada paciente.
2. O perigo do Viagra em pacientes com problemas hepáticos e renais graves
Pessoas com doenças crônicas no rim ou no fígado, em um grau alto de severidade, não devem tomar Viagra. Esta recomendação, contudo, é muito comum e se estende à maioria dos medicamentos, principalmente à classe de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), antibióticos, antidepressivos e anticonvulsivantes.
O fígado e os rins são órgãos fundamentais para o processo de eliminação das toxinas do corpo, incluindo os medicamentos que ingerimos.
Pacientes com problemas hepáticos ou renais podem se deparar com complicações no momento de expelir o Viagra do organismo, resultando em um possível aumento dos efeitos colaterais do medicamento.
Essas doenças podem, ainda, afetar as funções cardíacas de seus portadores, aumentando o risco de complicações ao ingerir o Viagra (como hipotensão ou arritmias cardíacas).
Caso você seja diagnosticado com alguma doença renal ou hepática, informe seu médico para que ele analise seu caso e oriente sobre qual a melhor maneira para tratar a DE.
3. Mulheres e jovens menores de 18 anos
A recomendação do Viagra pela FDA é feita somente para homens acima de 18 anos. O uso em mulheres não é aconselhável, pois não existem estudos clínicos suficientes que comprovem a eficácia ou a segurança deste medicamento para o público feminino.
As pesquisas existentes demonstram que o Viagra não apresenta benefícios significativos para tratar a disfunção sexual feminina.
Além disso, pode causar efeitos colaterais como:
- dor de cabeça,
- rubor facial,
- náuseas,
- distúrbios visuais,
- distúrbios gastrointestinais.
Da mesma maneira, este medicamento não é recomendado para jovens menores de 18 anos pela falta de comprovação de segurança e eficácia para este público, além de que eles possuem uma propensão maior de sentir os efeitos colaterais (como os descritos acima).
Existem outras formas de tratamento da DE, tanto para o público feminino, quanto para os homens jovens abaixo de 18 anos. Porém, somente o médico especialista tem a capacidade de orientar seu paciente corretamente e após fazer um diagnóstico completo.
Portanto, mulheres que possuem problemas sexuais ou jovens diagnosticados com DE, devem procurar um médico e conversar sobre tratamentos alternativos ao Viagra, que sejam mais seguros e apropriados para cada público.
4. Uso de Viagra em pessoas com doenças cardiovasculares
Caso o paciente seja diagnosticado com uma doença cardíaca ou apresente alguma possibilidade de risco cardiovascular, mesmo não sendo evidente o uso do Viagra, ou de outros medicamentos similares (inibidores da enzima PDE5), o tratamento não deve ser recomendado pelo urologista.
Os bloqueadores de PDE5 levam à vasodilatação e podem provocar uma queda na pressão arterial, sendo um risco para pessoas com doenças cardiovasculares, como doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, angina, hipotensão, hipertensão não controlada ou arritmias.
Como mencionado em tópicos anteriores, os medicamentos geralmente utilizados para tratar doenças cardíacas não devem ser utilizados concomitantemente com a classe de inibidores de PDE5, da qual o Viagra faz parte.
Isso porque estes fármacos podem provocar uma interação medicamentosa causando, por exemplo, uma queda grave da pressão arterial.
Pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca grave, arritmia ou angina instáveis, são aconselhadas pelos médicos a não ter relações sexuais, uma vez que um mínimo esforço pode desencadear um evento cardiovascular maior, como um ataque cardíaco. Logo, a utilização de Viagra também não é recomendada para este grupo de pessoas.
Ainda, homens que sofreram um infarto, AVC ou qualquer distúrbio cardíaco ou neurológico, em um período recente, devem esperar ao menos 6 meses antes de iniciar um tratamento com Viagra.
Portanto, os pacientes com doenças cardíacas devem sempre informar seus médicos sobre sua condição antes de começar um tratamento com Viagra ou qualquer outro medicamento para DE, pois em alguns casos pode ser necessário um tratamento adicional, tendo como alvo os problemas cardíacos antes de cuidar da disfunção.
5. Homens com histórico de diminuição (ou perda) da visão
Caso o paciente tenha um histórico familiar de perda ou diminuição de visão, ou qualquer outra condição médica que possa afetar a visão, não recomenda-se o uso de Viagra.
Existe uma condição rara chamada Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior Não Arterítica (NOIA-NA) em que o paciente pode ter a perda súbita de uma ou de ambas as visões devido a diminuição do fluxo sanguíneo no nervo óptico, resultando em danos severos do tecido.
Apesar de enigmática e não muito bem compreendida, a relação entre NOIA-NA e remédios para tratar a DE, como o Viagra, não é recomendada pela sociedade médica, pois estudos sugerem que o medicamento pode aumentar o risco de desenvolvimento dessa condição.
Ainda, o Viagra pode provocar a Neuropatia Óptica Isquêmica Posterior (NOIP), que apesar de ser ainda mais rara que a NOIA-NA, também pode levar a perda de visão.
Desta maneira, buscar um médico e informar todas as condições de saúde que você tem, incluindo o histórico de doenças anteriores e de família, é de extrema importância para evitar maiores riscos no futuro.
6. Uso recreativo do Viagra
Fazer uso de um medicamento, sem sua real necessidade, nunca é uma boa ideia! Isso porque todos os medicamentos, sem exceção, apresentam contraindicações e efeitos colaterais que podem provocar graves consequências.
Muitos homens jovens utilizam este medicamento apenas com o intuito de melhorar a performance sexual ou por curiosidade. Entretanto, existem estudos que demonstram que fármacos como o Viagra não melhoram a performance sexual de homens que não são diagnosticados com DE.
Ainda, segundo resultados de uma pesquisa feita em 2013, o uso recreativo é associado a homens mais jovens, que utilizam o medicamento em combinação com outras drogas ilícitas em baladas.
O uso off-label, no entanto, pode causar algumas complicações a quem o utiliza, como:
- queda de pressão arterial: o Viagra pode baixar a pressão arterial de quem o ingere, e seu uso indevido pode causar uma queda perigosa, principalmente se combinado com outros medicamentos, drogas ilícitas ou álcool,
- problemas cardíacos: este fármaco aumenta o fluxo sanguíneo para o coração, logo, pessoas com doenças cardíacas pré-existentes devem ter muita cautela ao ingerir qualquer medicamento destinado ao tratamento de DE,
- priapismo: conhecido como uma ereção dolorosa e insistente, o priapismo é um dos efeitos colaterais mais graves do Viagra, que pode ser provocado pelo uso impróprio do fármaco,
- dependência psicológica: o uso recreativo pode gerar uma sensação de falsa segurança, podendo ter um efeito contrário, em que o homem só se sente seguro para ter relações sexuais utiilizando o medicamento.
Portanto, não use este fármaco sem antes passar por uma avaliação médica e ter um diagnóstico de DE. O uso recreativo do Viagra é extremamente perigoso e deve ser evitado.
Conclusão: o Viagra não é perigoso
Já mencionamos no início deste artigo que o Viagra foi o primeiro medicamento a ser inventado para o tratamento de DE. Logo, ele vem sendo utilizado para esse propósito desde 1998, quando sua comercialização foi aprovada pela FDA.
Entretanto, o uso do Viagra por outras pessoas, senão homens maiores de 18 anos, diagnosticados com disfunção erétil, é impróprio e oferece riscos a quem o ingere.
Para homens que sofrem com problemas de ereção, a maneira mais eficaz de diminuir os riscos é fazendo uma avaliação médica com um especialista. Aqui na The Men’s, você pode fazer uma consulta gratuita! Aproveite!
Essa consulta com um especialista é importante para que ele faça uma análise completa das suas condições, dê o diagnóstico de DE se necessário e te oriente sobre as contraindicações, possíveis efeitos colaterais e o que se deve fazer caso ocorra um efeito adverso.
Portanto, evite o uso “off-label” e siga sempre as instruções médicas. Assim você pode desfrutar dos benefícios do Viagra, sem se preocupar com possíveis riscos à sua saúde.
FAQs
No Brasil, não se exige uma receita médica para se adquirir o Viagra.
Os médicos não recomendam o uso de álcool e Viagra de maneira simultânea, uma vez que o álcool pode influenciar no efeito do medicamento.
O Viagra não ataca diretamente os rins, mas como qualquer medicamento seu uso em excesso ou sem necessidade pode aumentar os riscos de efeitos colaterais. Em casos mais raros, o Viagra pode provocar problemas na pressão arterial. Caso o paciente possua uma doença renal pré-existente, é preciso pedir orientação a um médico antes de utilizar este medicamento.
The Men’s é a primeira marca masculina de saúde personalizada do Brasil. Nascemos para que todas as pessoas do sexo biológico masculino encontrem soluções para suas questões e inseguranças.
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