Novembro Azul: Qual a função da próstata?

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Produzir o chamado líquido prostático. Essa substância tem a responsabilidade de nutrir e proteger os espermatozoides, formando boa parte da composição do sêmen, junto do líquido seminal. Funciona assim: na hora de gozar, a próstata é contraída e envia o líquido prostático, junto com o líquido seminal e os espermatozoides, em direção à uretra. A contração da próstata impede que o xixi saia pela bexiga, permitindo que o sêmen seja eliminado pela uretra.

A próstata, portanto, é considerada uma glândula exócrina. Porque produz substâncias que vão para fora do corpo, e também é muito importante para a reprodução da espécie humana. E você provavelmente já deve ter ouvido falar dela. A cada mês de novembro, esta pequena parte do organismo masculino, do tamanho de uma noz, volta a ficar em evidência. Isso acontece por causa do chamado Novembro Azul, mês de conscientização a respeito do câncer de próstata.

 

Onde fica a próstata?

Assim como os testículos e o pênis, a próstata faz parte do sistema reprodutor do homem. É uma glândula bem pequena que fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto. Começa a se desenvolver na adolescência e não pesa mais que 20 gramas em um adulto. Embora seu tamanho tenda a aumentar com o passar dos anos.

 

Câncer de próstata: o que é?

Uma das doenças que mais frequentemente afeta a glândula (e que também mais gera apreensão entre os homens) é o câncer de próstata. Trata-se do desenvolvimento de um tumor que afeta a próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o segundo tipo de câncer mais comum no sexo masculino, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanoma. Em 2020, por exemplo, foram registrados cerca de 65 mil novos casos, o que correspondeu a 29,2% do total de tumores nos homens.

O número de casos da doença vem crescendo no Brasil. Isso se deve, em parte, ao aumento da expectativa de vida no país, já que o câncer de próstata é mais comum na terceira idade. Como a maior parte dos tumores cresce bem lentamente, os sinais da doença só costumam surgir logo após os 60 anos de idade. Mas, vale lembrar que esta não deve ser uma desculpa para deixar as consultas médicas preventivas de lado. O ideal é que a detecção do câncer de próstata seja feita precocemente para facilitar o tratamento.

 

Sinais e sintomas desse tipo de câncer

A maior parte dos casos da doença não produz sintomas na fase inicial. Ou seja, é um problema de saúde de evolução silenciosa. Em alguns quadros, no entanto, podem surgir:

• dor e dificuldade para urinar;
• muitas idas ao banheiro;
• jato mais fraco;
• presença de sangue na urina.

 

Estes são sintomas que também podem estar presentes na hiperplasia prostática benigna e na prostatite. Portanto, é fundamental procurar ajuda médica rapidamente para que o diagnóstico seja feito da maneira correta. Em casos mais graves, o homem pode ter infecção generalizada e insuficiência renal. Bem como dor nos ossos.

 

Como é feito o diagnóstico da doença?

O primeiro passo para o diagnóstico é o exame de toque retal, popularmente conhecido como exame da próstata. Sim, é aquele exame que muitos homens morrem de medo. Mas é muito simples. O médico leva o dedo até o reto para verificar se há algo de errado com a próstata, como, por exemplo, um tamanho anormal ou um caroço. Tudo não dura mais que 25 segundos e é muito melhor ter que respirar fundo durante esse tempinho do que detectar a doença quando ela já estiver avançada, né? Ah e nem dói! Também é necessário fazer um exame de sangue, o PSA. Caso seja detectada alguma alteração, será preciso fazer uma biópsia, em que uma pequena parte da próstata será retirada para uma análise.

 

Tratamento desse tipo de câncer

Existem algumas possíveis abordagens para o tratamento da doença, o que vai depender do seu estágio, além da idade do paciente e da presença de comorbidades (doenças associadas). Para casos localizados, ou seja, em que só a próstata foi afetada, a cirurgia de remoção e a radioterapia são os métodos mais indicados. Para quadros mais avançados, o profissional poderá orientar uma associação entre radioterapia, cirurgia e tratamento hormonal. Deve-se acompanhar o paciente de perto, com consultas regulares.

 

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